quinta-feira, 31 de março de 2011

Camelôs irregulares voltam às ruas do Centro!!

Veja, na matéria de jornal abaixo, como o projeto de camelódromo que foi levado a cabo pela prefeitura não resolveu o problema do comércio informal, ao contrário, apenas provou que se tratava de uma alternativa insuficiente para resolver o problema daquele trabalhador que foi historicamente excluído do processo e que encontrou na rua o seu refúgio de dignidade. Enquanto muitos camelôs continuam penando nas mãos da iniciativa privada e de uma prefeitura completamente ausente, que parece sentir gosto em acabar com uma categoria inteira de trabalhadores que são históricos para a região centro da cidade, outros - aqueles que acabaram desistindo ou então sendo despejados por esses mesmos agentes - não tiveram outra alternativa senão voltar para o trabalho informal, o único espaço deixado pela sociedade para reconstruíem suas vidas como cidadãos. E muitos dos trabalhadores que hoje ainda estão no camelódromo seguirão o mesmo caminho, não porque é da sua vontade, mas porque o poder público não deu e continua não dando condições para reconstruírem suas vidas num espaço que deveria ser, antes de mais nada, de caráter social. E é contra essa tendência, e a favor de uma incorporação digna, justa e transparente desses trabalhadores que ainda hoje ocupam as ruas para onde foram jogados pelo governo e pela sociedade, que a nossa luta se constrói!



O Diário Gaúcho flagrou, ontem, a ação de caixinhas vendendo produtos piratas na Capital. Smic e BM ainda não renovaram convênio


FONTE: JORNAL DIÁRIO GAÚCHO 23.03.11 (Eduardo Rodrigues  |  eduardo.rodrigues@diariogaucho.com.br
 
O término, em fevereiro, do convênio da Smic com a Brigada Militar, que prevê a participação de PMs nas ações de fiscalização de ambulantes irregulares, liberou as ruas do Centro da Capital para os caixinhas. Nas últimas semanas, vendedores de produtos piratas tomaram conta das calçadas. Ontem, a reportagem do Diário Gaúcho flagrou a ação dos ilegais em vários pontos da região.

- Caixinhas são marca registrada

Os camelôs sem autorização para atuar são facilmente identificáveis. Sozinhos ou em grupos, vestindo tênis, bermuda, camiseta e boné ficam parados nas esquinas ou ao lado de caixinhas de madeira e papelão utilizadas como expositores improvisados. De isqueiros e antenas de TV a controles remotos. De CDs, DVDs e games a tênis da marca Nike, tudo está à venda, sem nota fiscal e garantia.

- Até no Camelódromo

Um dos pontos permanentemente ocupados pelos caixinhas fica em frente ao Camelódromo. Nem a presença de um PM intimida a ação dos ilegais. O gerente do Camelódromo, Edinardo Danielli, admite que a presença deles afeta as vendas, mas não sabe quantificar o tamanho do prejuízo para os lojistas.

– Fazemos o máximo para impedir que entrem no Camelódromo, mas do lado de fora a responsabilidade não é nossa – frisa.

- Invasão de irregulares preocupa secretário

O atraso na assinatura do convênio com a Brigada Militar preocupa o secretário Valter Nagesltein. A Smic já detectou o aumento dos irregulares nas ruas, mas sem a ajuda dos PMS, as ações ficam prejudicadas.

– Estou fazendo tudo o que posso, com os recursos que disponho – afirmou Valter.

O novo convênio de cooperação deve ser assinado esta semana. O acordo prevê repasse de até R$ 480 mil por ano como pagamento de horas extras para os PMs e auxílio para manutenção e melhorias em veículos. Segundo o titular do Comando do Policiamento da Capital, coronel Atamar Cabreira, cerca de 50 PMs poderão ser utilizados por dia para apoiar as ações dos fiscais contra os ambulantes irregulares.

Infiltrados (*)
1) Na Avenida Borges de Medeiros: vendedor de isqueiros
2) Na esquina das ruas Marechal Floriano e Otávio Rocha: vendedores de CDs, DVDs e tênis
3) Rua da Praia: vendedor de DVDs
4) Rua Voluntários da Pátria: vendedores de DVD’s e CDs
(*) Também foram flagrados vendedores de antenas de TV e de controles remotos na Rua Doutor Flores.

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