No dia 9 de fevereiro de 2009, com a abertura do Camelódromo de Porto Alegre, iniciou uma nova etapa na vida dos trabalhadores informais que durante vários anos permaneceram nas ruas do centro da cidade e, com ela, a luta desses camelôs por melhores condições de trabalho naquele espaço que, um dia, foi sonhado pela prefeitura e pelos trabalhadores. No dia 16 de fevereiro de 2009, Juliano Fripp, presidente fundador da Associação Feira Rua da Praia, deu início à luta em nome dos 800 comerciantes populares, quando foi eleito como representante oficial no Comitê Gestor do camelódromo.
A trajetória de Juliano no comércio informal de Porto Alegre inicia no início dos anos 90, quando regressa à capital gaúcha e se instala na Rua da Praia, onde comercializava confecções de produção própria. Foi crescendo como liderança e cada vez mais se apresentando como uma alternativa à forma como o poder público passou a conduzir as políticas públicas relativas ao comércio informal. Em 2001, fundou a ASFERAP (Associação Feira Rua da Praia), quando, pela primeira vez, os camelôs puderam se organizar politicamente para reivindicar seus direitos e expectativas. Juliano esteve envolvido durante vários anos nas lutas, disputas, protestos e na organização dos trabalhadores, desde os anos 90. Foi graças à sua capacidade de liderança que os camelôs passaram a ser vistos com outros olhos pela população porto-alegrense; graças à sua mobilização, os camelôs puderam brigar de igual para igual com o poder público e conseguiram, na época, negociar os melhores horários e pontos nas ruas do centro.
Mas a luta estava recém começando. Juliano sempre acreditou que a construção do camelódromo significava um passo adiante para a conquista da cidadania, da dignidade e, mais importante, do reconhecimento de uma classe fundamental de trabalhadores que movimentam a economia da cidade - os camelôs. Mas os desvios no projeto, as mentiras da prefeitura e as ilegalidades cometidas pela secretaria de indústria e comércio mobilizaram nosso candidato em busca de melhores condições de trabalho para a sua gente. Juliano convocou a prefeitura e a câmara de vereadores para o debate; propôs, como medidas de urgência, o período de 1 ano de carência dos aluguéis e um processo de zoneamento dos espaços, para que os menos favorecidos pudessem pagar de acordo com suas condições socioeconômicas e de fluxo de pessoas. Juliano mobilizou toda a comunidade de camelôs e, no dia 30 de abril de 2009, fez a Tribuna Popular, na Câmara de Vereadores, que colocou mais de 600 trabalhadores indignados e enganados pela prefeitura no auditório principal da casa. Juliano convocou e participou da realização de seis reuniões na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, de maio a outubro de 2009; presidiu a realização de dois protestos e passeatas pelas ruas de Porto Alegre, quando pela pressão popular conseguiu convocar reuniões com o secretário de Gestão, Clóvis Magalhães; por fim, Juliano conseguiu articular uma reunião com os vereadores, os secretários de Gestão e da SMIC no gabinete do secretário Cecchim, em que foi definido um prazo coletivo de renegociação. Graças ao empenho e a articulação de Juliano, como representante dos camelôs, nenhum camelô foi despejado durante os primeiros 14 meses do camelódromo!
Foi só após entregar o cargo no Comitê Gestor - em função da impugnação irregular da candidatura de sua chapa pela empresa Verdicon - que os despejos começaram a ocorrer. Juliano foi um dos despejados, juntamente com mais outras 10 pessoas, em março de 2010. Tentaram calar a voz que gritava as injustiças que estavam sendo cometidas e, com ela, a coragem e a força da comunidade que sempre o apoiou em todas as situações. Com a retirada da banca de Juliano do camelódromo, a população de camelôs se sentiu órfã, pois não havia mais que os representasse na luta contra a prefeitura e contra a empresa Verdicom.
Mas Juliano, mesmo tendo sido despejado por acreditar numa causa coletiva, por ter se rebelado e expressado aberta e democraticamente suas opiniões e posições, nunca se deixou abalar. Ao contrário, acionou o Ministério Público e a Defensoria Pública, que estão dando guarida aos verdadeiros donos do camelódromo - aquelas pessoas que sempre lutaram na rua e que agora se recusam a entregar sua dignidade a uma empresa que não faz mais do que financiar a campanha dos candidatos da prefeitura de Porto Alegre.
Juliano sempre se manteve firme em seus propósitos, e mesmo depois de entregar a sua banca pelo bem de todos os 800 camelôs, ainda acredita e defende os interesses daqueles que permaneceram no camelódromo com toda a força e o ardor que sempre o caracterizaram. Foi por isso que, acreditando que é através da política institucional que as coisas acontecem e podem ser mudadas, que Juliano Fripp se candidatou a deputado estadual pelo PSOL - partido que muito apoiou as lutas empreendidas ao longo de 2009 em favor dos camelôs. Juliano sempre acreditou no sonho de que, algum dia, um verdadeiro representante do povo trabalhador pudesse assumir uma cadeira no legislativo e, assim, ter os instrumentos necessários para falar de igual para igual contra aqueles que historicamente sempre se colocaram contra essa classe lutadora de trabalhadores - os camelôs.
Foi muito difícil chegar até aqui. A campanha é uma luta diária, constante, e árdua pelo voto e pela reafirmação da confiança de todas as pessoas que sempre acreditaram em Juliano. Além de muito trabalho, empenho e organização, a campanha de Juliano também teve de enfrentar, diariamente, a prepotência e a truculência daqueles que sempre se colocaram contra ele, porque prejudicavam seus interesses espúrios. Quantas vezes, ao longo desta campanha, Juliano se debateu com os agentes da segurança do camelódromo? Quantas vezes os mesmos agentes apoiaram a circulação de outros candidatos dentro do camelódromo? Essas retaliações, que aliás o camelô já está acostumado pois as sofre diariamente dentro do camelódromo, essas retaliações só podem significar uma coisa: que a campanha de Juliano está crescendo a passos largos e incomodando muita gente cujos interesses estão sendo criticados e escancarados para a sociedade.
Se a campanha tem essas dificuldades, por outro lado ela é cheia de alegrias e vantagens. Porque o trabalho de Juliano é conhecido por todos, e vem sendo realizado há muitos e muitos anos. É essa empolgação, essa relação de confiança e de certeza que os trabalhadores têm com Juliano, que é o maior diferencial desta candidatura. Das muitas e muitas pessoas com quem conversamos em todo o Estado ao longo da campanha, só ouvimos votos de confiança, renovação dos vínculos de amizade e de camaradagem que com certeza não surgiram só em função das eleições - e que também não vão morrer no dia 3 de outubro.
O que Juliano conquistou ao longo de sua história dá a certeza de que este é o candidato que manterá a sua posição firme, mesmo depois de eleito. Ele dá a certeza de que é para os verdadeiros interesses do povo trabalhador que a política deve ser voltada. Independente do que o resultado das urnas apontar no próximo domingo, Juliano continuará as mesmas lutas e manterá as mesmas bandeiras pelas quais já vem lutando há anos, dentro do Camelódromo e do Orçamento Participativo. Juliano manterá o compromisso com a coletividade, com as causas da população necessitada e digna, pois estas não são só bandeiras políticas, são bandeiras de vida, do cidadão que está por trás do candidato e do líder comunitário.
A hora é agora! Nesta reta final de campanha, gostaríamos de agradecer a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para que o nosso candidato tivesse êxito nessa árdua tarefa de se deslocar pelos cantos do Rio Grande do Sul, divulgando a sua luta e as suas propostas políticas. Queremos agradecer a você, eleitor, que no próximo domingo confirmará não somente um voto, mas também a certeza de que é na luta em favor do povo trabalhador e oprimido que você acredita, e que Juliano é o represente maior dessa causa. Agradecemos a todos pelo apoio e contamos com a mobilização do maior número de pessoas para juntos elegermos, no dia 3, Juliano Fripp deputado estadual! Vamos pegar as nossas bandeiras, os nossos panfletos, sair às ruas, cantar os jingles da campanha e pintar todo o nosso estado de 50633!
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